O treinador Jorge Simão protagonizou hoje a 10.ª ‘chicotada psicológica’ na I Liga portuguesa de futebol 2022/23, a terceira em 2023, ao abandonar o comando técnico do Santa Clara após a 22.ª jornada.
Jorge Simão tinha estado do outro lado desta ‘chicotada’ no início do ano, ao substituir Mário Silva, primeiro despedido na I Liga em 2023, logo em janeiro, mas o tempo no comando dos açorianos durou apenas sete rondas, sem qualquer vitória registada.
O treinador de 46 anos conseguiu dois empates após assinar, em 11 de janeiro, mas as coisas rapidamente pioraram, com cinco derrotas, ante Benfica (0-3), Casa Pia (2-1), Arouca (1-0), Famalicão (1-3) e Marítimo (3-1).
Deixa o emblema da ilha de São Miguel no 17.º e penúltimo lugar, o primeiro de despromoção direta, com 15 pontos, e após a derrota com um rival direto pela permanência, o Marítimo, agora 16.º, em posição de play-off.
Este despedimento sucede-se, em ‘apenas’ dois dias, ao do técnico Nélson Veríssimo, que deixou o comando técnico do Estoril Praia após 21 jornadas, na primeira experiência fora do Benfica, em que orientou equipa principal, equipa B e formação, após um ‘deslize’ para fora do ‘top 6’ da tabela para o 15.º posto, com seis derrotas nos últimos oito encontros.
José Mota (Paços de Ferreira) e João Henriques (Marítimo) também fazem parte da lista, sendo que o primeiro durou somente 58 dias no comando dos ‘castores’, averbando quatro derrotas no mesmo número de jogos no campeonato, antes de o interino Marco Paiva ajudar a passar o ‘testemunho’ ao regressado César Peixoto, que tinha dado lugar precisamente a Mota.
Por seu lado, João Henriques foi substituído por José Gomes no comando do Marítimo, após ter estado envolvido no processo da primeira ‘chicotada’ da I Liga 2022/23: foi chamado a render Vasco Seabra nos insulares, que somavam cinco derrotas nas primeiras cinco rondas.
À sétima jornada, Rui Pedro Silva deixou o Famalicão em 16.º e antepenúltimo lugar, com quatro pontos, para ser substituído por João Pedro Sousa, que regressou ao emblema famalicense após uma primeira passagem entre 2019 e 2021.
Já depois de César Peixoto dizer ‘adeus’ – que se revelou temporário – ao Paços de Ferreira, após a nona jornada do campeonato, o Gil Vicente também mexeu na liderança da equipa, com a saída de Ivo Vieira, à passagem da 11.ª ronda, com o interino Carlos Cunha a fazer a ‘ponte’ – duas derrotas em dois jogos – para a chegada de Daniel Sousa aos gilistas.
Em 30 de novembro de 2022, após a 13.ª ronda, o Vizela, então na 13.ª posição, afastou igualmente o seu treinador, no caso Álvaro Pacheco, que liderava os vizelenses desde 2019/20, ainda no Campeonato de Portugal (na altura, o terceiro escalão). A liderança dos minhotos está entregue a Manuel Tulipa.