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Prisão preventiva para suspeito de 15 incêndios florestais em Vila Verde

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Prisão preventiva para suspeito de 15 incêndios florestais em Vila Verde
Bombeiros combatem um incêndio na freguesia de Vila Cortês do Mondego, Guarda, 13 de agosto de 2022. De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio está a ser combativo por 1262 operacionais, apoiados por 375 viaturas. NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

O Tribunal de Vila Verde aplicou hoje prisão preventiva a um homem de 36 anos suspeito da autoria de 15 incêndios florestais em várias freguesias daquele concelho, ocorridos entre 23 de agosto e 02 de setembro, disse fonte policial.

O suspeito foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na terça-feira, fora de flagrante delito, e terá agido por “incendiarismo”.

Em comunicado hoje divulgado, a PJ refere que, durante o referido período, várias freguesias do concelho de Vila Verde foram atingidas por uma “onda simultânea de incêndios florestais, anormal e nunca vista na região, causando o pânico entre as populações locais”.

Os incêndios foram combatidos pelas corporações de bombeiros de Vila Verde, Amares, Barcelos, Barcelinhos, Viatodos, Braga, Terras de Bouro, Vizela e Vieira do Minho, estando no teatro de operações, no pico dos incêndios, um total aproximado de 160 operacionais, apoiados por cerca de 50 viaturas e sete meios aéreos.

“Apesar deste enorme dispositivo de combate, a ocorrência de vários incêndios consecutivos e distantes uns dos outros obrigou a uma grande dispersão de meios, situação que colocou em perigo várias residências, pela dificuldade de alocação de meios para as proteger com a rapidez necessária”, acrescenta a PJ.

Diz ainda que, embora não exista ainda uma estimativa real, a área consumida pelos incêndios ultrapassará os 300 hectares de floresta, constituída principalmente por eucaliptos, pinheiros e mato.

Segundo a PJ, os vários locais onde os incêndios ocorreram situam-se em zonas com condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, “gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente”.

O detido, sem ocupação profissional, fazia uso de viatura própria e recorria a chama direta para as ignições.

A PJ presume que o arguido seja autor de várias outras ocorrências semelhantes.

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