Depois de viagem entre as Caraíbas e França num voo comercial, pago pela comunidade portuguesa radicada naquelas ilhas do Mar de Caribe, uma ambulância dos Bombeiros do Marco de Canaveses com três voluntários fez o percurso por estrada desde Paris até Penafiel.
A conselho médico, a viagem terrestre de 1620 quilómetros foi feita com paragens de duas em duas horas, para que fossem prestados cuidados à vítima. O reencontro com a família, em privado, aconteceu na estação de serviço de Penafiel na A4.
Ainda assim, minutos depois, a emoção foi ao rubro com a chegada da ambulância à porta da urgência hospitalar do Padre Américo. Francisco Teixeira foi internado na unidade de ortopedia.
A vítima está praticamente toda paralisada, embora não se possa considerar que esteja paraplégico. “Ele mexe a cabeça e esboça algum movimento com as pernas”, explicou ao JN Osvaldo Teixeira, um dos bombeiros que “a troco” de solidariedade foi a França com mais dois colegas, Ana Macedo e Filipe Teixeira (primo da vítima), buscar o conterrâneo.
Francisco Teixeira era há 22 anos emigrante na Venezuela, mas, em face das convulsões políticas e sociais do país de Nicolas Maduro, o marcuense emigrou no início do ano para as Caraíbas, com o intuito de angariar dinheiro para resgatar a família que deixara na Venezuela e, de resto, onde ainda permanece em situação “muito difícil”.