
O pregador do ódio mais famoso do Reino Unido finalmente enfrenta prisão, depois de duas décadas de insultos às autoridades e incitamento ao extremismo nas ruas da Grã-Bretanha.
Durante anos, Anjem Choudary tem sido a face pública do Islão radical, organizando protestos de rua contra as tropas britânicas e defendendo os seus pontos de vista venenosos em entrevistas de TV.
Mas ele foi finalmente apanhado pela polícia por incitar ao apoio ao EI numa série de palestras online.
Choudary tem repetidamente provocado o público britânico com uma série de atitudes, com os seus seguidores queimando papoulas (utilizadas desde 1921 para comemorar os militares que morreram na guerra) e perturbando os eventos do Dia do Armistício.
O seu grupo, Al-Muhajiroun, também se tornou um terreno fértil para terroristas, sendo o mais conhecido Michael Adebolajo, o radical convertido que matou à facada o soldado Lee Rigby em 2013.
Depois de um julgamento que esteve envolto em mistério devido a um outro caso em curso, Choudary e o seu vice, Mizanur Rahman, foram considerados culpados pelo “incitamento e apoio a uma organização proibida” de acordo com o Terrorism Act 2000, a primeira legislação permanente de combate ao terrorismo no Reino Unido.
Na sequência do levantamento das ordens judiciais que proíbem a publicação do caso, as suas convicções podem ser reveladas hoje pela primeira vez.
O julgamento ouviu Choudary fazer um juramento de lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, após o chamado “califado” ter sido declarado no Médio Oriente.