Voam em bando os pardais
irmanados de sonhos inocentes
à procura de pródigas sementes
abundantes nos dourados trigais.
Chilreando alegres melodias
pousam os destemidos pardais
por breves instantes nos beirais
anunciando o raiar dos dias.
Durante o apelo da natureza
criam ninhos de amor frugais
doces-abrigos de pura beleza.
Chegada a hora da partida
voam em bando os pardais
rumo ao céu da nova vida.
Daniel Bastos, “O voo dos pardais”, in Terra.