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Crianças-soldados: 16 000 crianças recrutadas à força desde janeiro no Sudão do Sul

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© NIC BOTHMA - BELGAIMAGE

Cerca de 16 000 crianças foram recrutadas à força este ano pelas diferentes partes envolvidas no conflito no Sudão do Sul, publicou hoje a rtbf.be.

A situação das crianças continua grave. Apesar da assinatura de um acordo de paz em agosto, há pouco sinal de melhorias“, disse um porta-voz da Unicef, Christophe Boulierac, em conferência de imprensa, em Genebra.

Graves violações dos direitos das crianças, incluindo assassinatos, sequestros e violência sexual continuaram em todo o país“, lamentou.

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Boulierac explicou que “desde o início de 2015, a situação das crianças no Sudão do Sul piorou“, com “um recrutamento constante e uso de crianças, principalmente meninos, mas também meninas, por forças e grupos armados“.

Desde janeiro, “cerca de 16 mil crianças foram recrutadas por grupos e forças armados“, disse, acrescentando que continuam todos nesses grupos.

É comum chamar-se “crianças soldados” às crianças associadas às forças e grupos armados, um termo que evoca a imagem de meninos vestidos com uniformes e armas. Mas, na prática, a utilização destas crianças é mais larga do que a sua participação em conflitos como combatentes.

Estas crianças também podem também exercer outras funções como portadores ou mensageiros e enviados para áreas e situações extremamente perigosas de combates. As meninas são muitas vezes utilizadas para fins sexuais e de casamento forçado.

O Sudão do Sul declarou a independência em julho de 2011, sob os auspícios dos Estados Unidos, antes de mergulhar, em dezembro de 2013, na guerra por causa de conflitos políticos e étnicos, alimentada pela rivalidade entre o líder rebelde Riek Machar, ex-vice-presidente, e o atual chefe de Estado Salva Kiir.

Apesar do acordo de paz assinado em 26 de agosto entre o governo sudanês e os rebeldes do Sul, a luta nunca parou.

O conflito marcado por atrocidades atribuídas a ambos os lados, deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 2,2 milhões de pessoas desalojadas. Cerca de 1.500 crianças foram mortas, de acordo com a UNICEF.

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