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15 anos de prisão para oito polícias acusados de matar taxista

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REUTERS/SIPHIWE SIBEKO

Vítima foi atada a um veículo policial e arrastada ao longo de 400 metros numa estrada alcatroada

O tribunal de Pretória condenou hoje a 15 anos de prisão oito polícias sul-africanos acusados da morte, em 2013, de um taxista moçambicano, atado e arrastado a um veículo policial, suplício filmado por um vídeo amador.

Mido Macoa, 27 anos, morreu após agentes da polícia sul-africana o terem amarrado na parte traseira de um carro da corporação e arrastado cerca de 400 metros numa estrada alcatroada.

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As imagens captadas por um vídeo amador e que correram mundo mostram Mido a ser detido por agentes sul-africanos após uma discussão sobre estacionamento numa praça de táxis em Daveyton, na província de Gauteng.

Depois de demonstrar resistência a entrar no carro celular da polícia, os agentes algemaram-no à parte traseira do veículo policial que, de seguida, se pôs em marcha, arrastando o jovem.

“Cada um de vós é condenado a 15 anos de prisão”, declarou o juiz Bert Bam, do Supremo Tribunal de Pretória, considerando “bárbaro e totalmente inaceitável” a atuação dos oito agentes da polícia sul-africana.

“As imagens falam por si só. Amarrar um indivíduo à força (na parte traseira de um veículo) é totalmente inútil, ilegal e absolutamente injustificável”, sublinhou Bert Bam.

“Mas o que torna a atitude (dos polícias) ainda mais repreensível é o ataque desprezível que cometeram em conjunto contra um homem indefeso e já gravemente ferido”, prosseguiu o juiz sul-africano.

Em agosto último, os oito polícias foram considerados culpados e incorriam, então, numa pena mínima de 15 anos. No julgamento, os polícias alegaram que o taxista moçambicano resistira à detenção e que os insultara.

Segundo a imprensa local, a polícia sul-africana tem cometido diversos abusos nos últimos anos, ligados à falta de profissionalismo, atribuído sobretudo à presença de agentes inexperientes ou corruptos.

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