Início Portugal Rui Moreira destaca “coesão invulgar” com PS em dois anos na Câmara...

Rui Moreira destaca “coesão invulgar” com PS em dois anos na Câmara do Porto

1661
0

O presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, destacou hoje a “coesão invulgar” e a “estratégia que tem trazido frutos” da maioria alcançada com o PS para gerir a autarquia.

Num balanço de dois anos de mandato, que hoje se assinalam e a que a Lusa teve acesso, Rui Moreira, afirma que a sua lista independente e os socialistas conseguiram pôr “as diferenças de parte” e que isso “nota-se muito na forma como a cidade vive e respira”.

“Acho que conseguimos fechar algumas das trincheiras que havia na cidade. Creio que as pessoas olham para a cidade com outros olhos. Esta transformação sociológica é talvez a marca mais significativa destes dois anos”, afirma o autarca, num vídeo que vai ser disponibilizado durante esta madrugada no ‘site’ do município.

Publicidade

Na entrevista, que marca a passagem de dois anos sobre a sua tomada de posse, Rui Moreira destaca ainda o empenho da autarquia na coesão social, no sucesso da política cultural, nas “óptimas contas” e defende que o Estado tem “de devolver competências aos municípios”.

“Mais do que ter recursos, é importante perceber que os autarcas foram eleitos para pôr em prática um determinado projeto. Por exemplo, no caso da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto e das Àguas, os nossos projetos foram ultrapassados por decisões tomadas em Lisboa. Isto é um problema de regime que vai ter de ser resolvido”, observa.

Rui Moreira admite que alguns concursos públicos lançados pela Câmara do Porto “não têm corrido” como o pretendido.

“O [concurso para o pavilhão] é um processo que vamos ter de resolver. Gostava que o [Mercado do] Bolhão e o [Pavilhão] Rosa Mota pudessem andar mais depressa. Há muitas coisas para fazer, mas não podemos olhar para elas com uma atitude derrotista”, reconheceu.

Rui Moreira afirma esperar ter o processo do Mercado do Bolhão concluido “nos próximos meses”, para “depois deitar mãos à obra”.

Relativamente à cultura, o presidente da Câmara saúdou a reabertura do Teatro Rivoli e a passagem de espétaculos por “locais improváveis”.

“Temos público e temos conseguido acabar com alguns mitos, nomeadamente no que diz respeito à arte urbana. Isso tem um impacto óbvio na economia, mas também na coesão, no sentimento de pertença e de orgulho pela cidade”, descreve.

Quanto à Campanhã, a freguesia escolhida pelo autarca como “prioritária”, Moreira alerta para a importância do futuro terminal intermodal, a construir na zona da estação.

“É importante para os transportes, mas também para a zona de Campanhã. Temos também a ambição de atraír investimento e temos conseguido. Campanhã pode finalmente passar a ser uma quadrícula da cidade plenamente integrada”, explicou.

Para Rui Moreira, o Fundo de Emergência Social, de apoio aos mais desfavorecidos, é “uma marca que fica para o mandato”.

“O Estado deixou de investir na habitação social e isso coloca uma enorme pressão nas finanças dos municípios. Mas temos conseguido encontrar recursos suficientes para fazer face a esse problema gritante que é as pessoas garantirem a sua sobrevivência”, disse.

O autarca divulga também que o Tribunal de Contas “finalmente aprovou” o contrato que permite transferir as instalações desportivas do Inatel para a Câmara do Porto.

“Vamos entrar em obra”, conclui.

Artigo anteriorCooperação transfronteiriça Portugal/Espanha tem 290 ME de fundos até 2020
Próximo artigoPortugal no Tribunal da UE por falta de registos eletrónicos de transportes

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui