O presidente da Câmara de Penafiel prometeu hoje que o festival literário Escritaria, cuja oitava edição terminou no domingo, é para manter nos próximos anos, reforçando o envolvimento da comunidade local.
“Uma das grandes marcas distintivas deste festival é o envolvimento da comunidade e a relação de afetividade que se cria entre os autor e as pessoas, algo que queremos acentuar”, vincou Antonino de Sousa.
A edição de 2015 do Escritaria, que terminou no domingo, homenageou o escritor Mário Cláudio. No final, em declarações à Lusa, o autor tinha elogiado e agradecido “a paisagem de afetos extraordinária” com que foi recebido em Penafiel.
“Vou daqui muito mais rico”, rematou.
O envolvimento de 300 alunos do concelho, de dezenas de professores e da Universidade Sénior no evento foi a grande novidade desta edição, o que também foi vincado pelo presidente da Câmara.
“Este ano foi excecional”, comentou, reafirmando o interesse de diversificar as parcerias com as escolas e outras instituições culturais do concelho.
Durante quatro dias, pelas ruas do centro histórico, foram distribuídas mensagens e alusões ao romancista portuense, para além de atividades literárias e de homenagem, que decorreram no museu da cidade.
A arte de rua foi da responsabilidade das comunidades educativas dos agrupamentos de Paço de Sousa, Pinheiro e Penafiel, que se empenharam a preparar os materiais durante várias semanas.
Os alunos da Escola Superior de Saúde do Campus Académico de Penafiel e da Universidade Sénior também foram chamados a participar ativamente no programa.
Para Antonino de Sousa, o balanço do festival, também por isso, é “muito positivo”.
“Cumpriu-se com o objetivo fundador que é prestar homenagem a um escritor contemporâneo da lusofonia”, anotou, insistindo a relação de proximidade entre o autor e a comunidade.
“Quebra-se assim a ideia de que a literatura é algo inacessível”, assinalou.
Questionado sobre a aparente falta de espaço para colocar, no muro do Escritaria, a nona silhueta do escritor, a homenagear em 2016, o presidente da Câmara desvalorizou a questão e prometeu que a autarquia vai escolher outro local na cidade.
“À semelhança do que acontece com as frases dos autores, é bom que as silhuetas estejam também noutros pontos da cidade”, defendeu, acrescentando: “Queremos que toda a cidade possa viver e respirar o ambiente do Escritaria”.
Para Antonino Sousa, é expectável que o festival, face à notoriedade que já alcançou a nível nacional, possa continuar a atrair visitantes ao concelho, com vantagens para a economia local e para imagem da cidade.
“É importante que o Escritaria não termine no último domingo da atividade. É bom que haja gente, nos próximos meses, a visitar Penafiel, também por causa do Escritaria”, concluiu.